Mais importante que a produção é a pré-produção.
Antes de tudo: escrever, pensar, repensar, pesquisar ou vice versa.
Escrever primeiro a sinopse, não como regra, mas como sugestão, ajuda a avaliar se a sua ideia é realmente boa, se o projeto é interessante, se valerá a pena investir tempo e dinheiro na obra.
Qual público você deseja atingir? Qual tema principal do curta ou documentário? A qual gênero pertencerá seu trabalho quando finalizado? Essas perguntas não podem faltar. Quem é o personagem principal? De onde veio? O que fez? O que faz? O que acontece com ele na estória? Qual o ponto de vista do seu personagem?
Seu público deve se sentir atraído e estimulado a entregar toda a atenção a sua criação.
Toda narrativa precisa de um personagem e é ele quem dá ritmo a história que você quer contar, por isso, deve-se tomar um cuidado todo especial com a criação dele. Seja num documentário ou curta-metragem o personagem principal precisa ganhar corpo e estrutura no campo das ideias, das pesquisas... Portanto, a opção de criar a biografia completa antes de iniciar o roteiro, daquele que ocupará a grande parte da estória, direta e indiretamente, é uma dica valiosa.
Para alguns, a pesquisa de campo, é considerada a etapa mais interessante de todo o processo, devido a grande possibilidade de enriquecer e amadurecer o projeto.
Se sua obra irá abordar o tema "garotos em situação de rua", você precisa conversar com sociólogos envolvidos em trabalhos que atendam essas pessoas, pois especialistas trarão a condição de observar tudo com quase o mesmo panorama de visão deles o assunto. Fica a opção entrevistar quem já viveu ou vive nessas condições. A pesquisa de campo chega a ser necessária para que o trabalho saia do aspecto raso e artificial.
Se for fazer um documentário sobre "a dependência e o vício tecnológico da população nos dias atuais" será importante saber a opinião de psicólogos, psiquiatra e usuários que utilizam constantemente tecnologias em seu dia a dia.
O objetivo das pesquisas é o de juntar um farto material para que em cima dele o roteirista possa se debruçar, pensar e assim encontrar a sua estória num lugar que o olhar comum não conseguiu ver.
Boas histórias dão trabalho, muito trabalho, mas é disso que a alma humana ânsia todos os dias: de um bom roteiro.
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